Agnosticismo
Não posso ser agnóstico... O termo é formado pelo grego “a”
(não ou sem) e “gnossis” (conhecimento)... Sem conhecimento.
O termo foi usado pela primeira vez pelo biólogo inglês T.H.Huxley num de seus comentários sobre a questão da imortalidade pessoal em uma carta de 1860. “Não afirmo nem nego a imortalidade do homem. Não vejo razão para acreditar, mas, por outro lado não disponho de meios para refutar.”
O termo foi usado pela primeira vez pelo biólogo inglês T.H.Huxley num de seus comentários sobre a questão da imortalidade pessoal em uma carta de 1860. “Não afirmo nem nego a imortalidade do homem. Não vejo razão para acreditar, mas, por outro lado não disponho de meios para refutar.”
A própria bíblia me ensinou a ser ateu. Minha descrença surge
como consequência de certas qualidades que aqueles que creem acreditam ser
parte da essência de Deus.
-- Onisciente
-- Onipresente
-- Onipotente
-- Onibenevolente
A partir daí deduz-se que Deus tem plena consciência de todo
o mal que existe no mundo, que pode evitá-lo e que pode fazê-lo. Mas isto
contradiz a realidade. Por isso, a menos que negamos a existência deste mal,
devemos concluir que não existe este Deus, ou ele não possui as tais qualidades
essenciais. Ele não sabe o que está acontecendo, não se importa ou nada pode
fazer. É muito difícil conciliar o fato de que o mal ocorre no mundo com a
existência de Deus como ele é concebido. É evidente que o mundo está cheio de
coisas ruins; fome, cataclismas, terremotos inundações, assassinatos guerras,
morte atroz de jovens e velhos, terrorismo. Qualquer pessoa que pudesse acabar
com tudo isto num estalar de dedos e não o fizesse, seria considerado um
monstro. Mas suponhamos que haja um poderoso ser que poderia pôr um fim a tudo
isto num instante, um ser com poder, conhecimento e excelência moral
ilimitados: Deus. Como pode este mal existir lado a lado com um Deus que tem,
por definição, a capacidade de acabar com ele? Será que se o mal fosse evitado,
o bem estaria ausente do universo?
Comentários
Confesso achar os agnósticos mais humildes do que muitos crentes e ateus justamente por admitirem que não têm o conhecimento suficiente sobre o Divino.
Acho que não aprofundou o suficiente o assunto sobre o agnosticismo, mas vamos ao que escreveu:
"A própria bíblia me ensinou a ser ateu. Minha descrença surge como consequência de certas qualidades que aqueles que creem acreditam ser parte da essência de Deus." (Altamirando)
Resposta: Observo que a sua crença se origina da descrença do que outros afirmam ser a verdade. Você discorda da concepção sobre Deus dos crentes, mas não tem como afirmar que o Deus acima de todos nós, o qual transcende nosso entendimento/conhecimento, não existe. Por isso o ateísmo nada mais é do que uma arrogância e não uma humilde constatação.
"A partir daí deduz-se que Deus tem plena consciência de todo o mal que existe no mundo, que pode evitá-lo e que pode fazê-lo. Mas isto contradiz a realidade. Por isso, a menos que negamos a existência deste mal, devemos concluir que não existe este Deus, ou ele não possui as tais qualidades essenciais." (Altamirando)
Resposta: Não necessariamente. Pois Ele pode estar aguardando o momento certo para agir ou permitindo que o homem, pelo exercício do seu livre arbítrio e consciência responsável tome as providências sobre sua existência terrena. Trata-se, em tal situação, de respeitar a nossa liberdade administrativa sobre a Terra.
"Ele não sabe o que está acontecendo, não se importa ou nada pode fazer. É muito difícil conciliar o fato de que o mal ocorre no mundo com a existência de Deus como ele é concebido." (Altamirando)
R: Não discordo que seja difícil conciliar e a própria Bíblia coloca o problema em discussão. E embora essa concepção sobre Deus seja humana, pois um crente humilde nessas horas seria meio agnóstico em não querer se fiar tanto na doutrina religiosa, mas a lógica me diz ser possível tal conciliação.
"É evidente que o mundo está cheio de coisas ruins; fome, cataclismas, terremotos inundações, assassinatos guerras, morte atroz de jovens e velhos, terrorismo. Qualquer pessoa que pudesse acabar com tudo isto num estalar de dedos e não o fizesse, seria considerado um monstro."
R: Por que um monstro? Pois onde ficam as escolhas humanas e a nossa responsabilidade tanto individual quanto coletiva? Já os terremotos e vários cataclismas decorrem da própria natureza, mas o homem, graças à sua tecnologia, tem conseguido sobreviver a elas. Vide os monitoramentos dos terremotos, os prédios construídos para suportar abalos sísmicos e toda a evolução tecnológica experimentada.
"Mas suponhamos que haja um poderoso ser que poderia pôr um fim a tudo isto num instante, um ser com poder, conhecimento e excelência moral ilimitados: Deus. Como pode este mal existir lado a lado com um Deus que tem, por definição, a capacidade de acabar com ele? Será que se o mal fosse evitado, o bem estaria ausente do universo?"
R: Se o mal fosse por Deus evitado de ocorrer, o homem não evoluiria em domar seu instinto selvagem, em escolher o bem, em reconstruir aqui o paraíso do qual se auto-exilou quando se arrogou se tornar conhecedor do bem e do mal.
Agnosticismo, crenças ou ateísmo não são sinônimos de servilismo. Agnosticismo é sinônimo de desconhecimento. Crença é um estado mental que pode ser verdadeiro ou falso. Representa o elemento subjetivo do conhecimento. Ateismo é uma postura filosófica que rejeita a idéia da existência de deuses ou divindades.Cada redondo no seu quadrado.
" Observo que a sua crença se origina da descrença do que outros afirmam ser a verdade. Você discorda da concepção sobre Deus dos crentes, mas não tem como afirmar que o Deus acima de todos nós, o qual transcende nosso entendimento/conhecimento, não existe. Por isso o ateísmo nada mais é do que uma arrogância e não uma humilde constatação Observo que a sua crença se origina da descrença do que outros afirmam ser a verdade. Você discorda da concepção sobre Deus dos crentes, mas não tem como afirmar que o Deus acima de todos nós, o qual transcende nosso entendimento/conhecimento, não existe. Por isso o ateísmo nada mais é do que uma arrogância e não uma humilde constatação."
--Não acredito que esta incongruente resposta foi desferida por você...
Eu não tenho de provar a inexistência de Deus. Este ônus cabe a quem acredita. Se para o crente é impossível provar a existência de Deus, imagina a missão de provar a inexistência dele para o descrente...
O ateísmo não é uma arrogância.É um nível de conhecimento. Nota-se que todo ateu foi um crente mas evoluiu, assim como o cientista evoluiu do apedeuta.
" Não necessariamente. Pois Ele pode estar aguardando o momento certo para agir ou permitindo que o homem, pelo exercício do seu livre arbítrio e consciência responsável tome as providências sobre sua existência terrena. Trata-se, em tal situação, de respeitar a nossa liberdade administrativa sobre a Terra."
Ora!..Ora!! Rodrigo. O argumento mais influente para mostrar que existem razões suficientes para que um Deus moralmente perfeito pudesse permitir a existência do mal é a chamada "Defesa do livre arbítrio". Argumenta-se que o livre arbítrio é uma dádiva divina muito valiosa,, estabelecendo uma profunda relação de amor e confiança com Deus. Mas Deus não poderia ter nos dado esta dádiva sem o risco de que abusássemos dela, usando mal a nossa liberdade para fazer coisas erradas. Era um risco que vaia a pena correr e um preço que valia a pena pagar. Deus não poderia ter eliminado a possibilidade de baixeza moral sem nos privar de uma dádiva maior... A capacidade de fazer o bem moral. Então, Deus enfraqueceria ou diminuiria nosso livre arbítrio se de repente acabasse com o vírus HIV as inundações e as tempestades? Este Deus é um inútil.
Você me refutou pelo prazer de contestar. São seus conceitos. Deus é percebido pelo coração, não pela razão.O poder da fé não pode opor-se ao poder da razão; são diferentes e tem objetivos diferentes. falamos da fé somente quando queremos substituir evidências pela emoção e esta substituição de evidência por emoção está fadada a levar ao desentendimento, uma vez que grupos diferentes substituem emoções diferentes.Respeito suas emoções.
Não posso acreditar num Deus que criou o universo há seis mil anos. Um universo em expansão não exclui um criador, mas coloca limites sobre quando ele poderia ter realizado seu trabalho. Reveja seus conceitos e direcione sua fé num alvo mais plausível...